O que significa aplicativos de missão crítica? São aplicações extremamente importantes e de alto impacto, cujo bom funcionamento é – desculpe a redundância – crítico.

Um aplicativo do qual depende
o correto funcionamento do sistema de vacinação de um país inteiro em uma pandemia
; um aplicativo onde acontecerão centenas de milhares de transações comerciais; ou onde as vendas vão ser feitas através dele, ou através do qual se administra a passagem de um navio por um canal, como o
Canal do Panamá
; Estes são alguns exemplos para ilustrar o conceito de que, se não funcionarem, suas consequências podem ser muito desastrosas para uma organização, negócio, indivíduo ou sociedade.

Whitepaper:
Tudo o que você precisa saber sobre Sistemas de Missão Crítica

Diante do desafio de desenvolver uma aplicação de Missão Crítica, devemos resolver vários aspectos essenciais, técnicos e conceituais; no entanto, considero estes 4 aspectos como a base para o futuro sucesso dessa aplicação:

1- Equipe e funções

Qual equipe vou ter e que papéis terei de incluir na construção deste tipo de solução.

Se vamos fazer algo de missão crítica, precisaremos incluir esses perfis: analista de negócios, UX (design de interação, design visual e o design da própria arquitetura), escritores, desenvolvedores, especialistas em segurança de testes.

Uma equipe diversificada e definida é essencial para construir um aplicativo de missão crítica robusto.

2- Processos e automação

Quais são os processos de construção em que vamos trabalhar que precisam ser automatizados? Como será a eficiência nesses processos?

As interações de função intervêm aqui: SecDevOps e/ou DesignOps, e algumas decisões são tomadas, como: Os microsserviços serão usados? Que tipo de banco de dados? Que tipo de serviços você vai expor? Qual provedor de nuvem?, etc.

3-Entenda a história por trás da necessidade do App

 Quais são as histórias que tenho que resolver que estão nos levando a construir o sistema de missão crítica?

No exemplo do
sistema de vacinas
nos perguntamos o que precisaríamos dar ao usuário. Uma história era:
“Não queremos que os usuários passem horas interagindo com o sistema para marcar um horário para a vacina”.

Do mundo dos usuários surgem histórias que devem ser levadas para o mundo das soluções (e não o contrário).

Os usuários nos contam histórias que são fundamentais para construir um sistema de missão crítica.

4-Gestão de dados e informações

É muito provável que uma aplicação de Missão Crítica envolva um sistema “data intensive
”, com gerenciamento intensivo de dados.

A gestão da informação é relevante, como acesso, como armazenamento, como a apresento, qual a qualidade dos dados, quem são os proprietários desses dados.

Aqui a modelagem de dados
é central. Posso estar usando os melhores provedores de dados, arquitetura notável, mas se não modelar bem os dados, meu sistema de missão crítica tem uma alta probabilidade de falhar.

Resumindo: ter uma boa equipe, entender histórias de usuários, modelar os dados e modelar os processos; são, do meu ponto de vista, as coisas mais relevantes que temos que nos perguntar e que temos que considerar, muito antes de pensar em qual arquitetura vou usar, ou se vou usar uma arquitetura de microsserviços, ou se vou usar uma arquitetura macro ou monolítica, ou se vou tornar meu sistema escalável ou não.

Para continuar aprofundando nesses e outros aspectos importantes, como velocidade de execução e escalabilidade, APIs, padrões de arquitetura e outras considerações técnicas que nos permitem implantar em tempo recorde, convido você a assistir ao vídeo a seguir.